domingo, 23 de novembro de 2014

As músicas das torcidas sul-americanas

Muitos já sabem que as torcidas do continente sul-americano são as mais fanáticas do planeta. Elas conseguem fazer as arquibancadas pulsarem e empurram os times para a vitória. Alem dos gritos de incentivo, as torcidas são muito criativas quando o assunto é criar letras de canções, sejam elas para enaltecer as glórias do time ou provocar os adversários.

Alguns cânticos das torcidas, ou “hinchas” sul-americanos, tem como base músicas de grandes cantores e bandas latinas, mas a criatividade dos torcedores é imensa, e até os artistas de fora do continente servem de inspiração. 

Confira algumas músicas das arquibancadas sul-americanas e suas versões originais. 

"Pop goes the world", da banda canadense Men Without Hats, e a torcida do Boca Juniors.





"¿Por que te vas?", da cantora hispano-británica Jeannette, faz a torcida do Independiente pular. 



"Volveré", do cantor dominicano Wilfrido Vargas, serviu de inspiração ao Atlético Nacional. 




A belíssima "Y dale alegría a mi corazón", do argentino Fito Páez, e a arrepiante torcida do Peñarol. 



Os palmeirenses também se inspiraram em Fito e fizeram sua versão. 



Jimmy Cliff está presente nas arquibancadas do River Plate com “Samba Reggae”. 



“Chora me liga” da dupla sertaneja brasileira João Bosco e Vinicius e a torcida do Colo-Colo. 




A música “Bad Moon Rising” da banda californiana Creedence Clearwater Revival foi a grande inspiração da torcida do San Lorenzo. Depois foi a vez do Boca, River e Independiente criarem suas versões. Na Copa do Mundo no Brasil, o cântico ganhou muito mais fama, e várias torcidas brasileiras fizeram suas adaptações. 





Não é só em terras sul-americanas que os torcedores adaptam as canções. No Japão, a torcida do Ventforet Kofu, time da primeira divisão japonesa, criou uma versão da música "Pasos al costado", da banda de rock argentina Turf.




Fontes: Pasion Libertadores e You Tube.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Viva os operários do futebol

Willian comemora o gol que deu a classificação ao Cruzeiro. Foto: Getty Images 


35 minutos do segundo tempo na Vila Belmiro e Willian surgia como um raio na frente da área santista dominando a bola e batendo seco no canto do goleiro Aranha; praticamente encerrando a partida. 39 minutos da etapa final no Mineirão e Luan aproveitava a sobra de bola na área do Flamengo e concluía pro fundo da meta de Paulo Victor; levando a torcida do Atlético ao êxtase.

Willian e Luan são dois jogadores com características semelhantes, que gostam de partir pra cima dos zagueiros e arrebentar as defesas adversárias. Mas, na noite da última quarta-feira (5/11), os heróis das torcidas mineiras foram os grandes operários do futebol, que colocaram seus times na final da Copa do Brasil e construíram uma épica história para ser contada nos livros de Cruzeiro e Atlético Mineiro.

A dupla chegou ao futebol mineiro sem provocar muito alarde. Willian já era mais conhecido no cenário nacional, com passagens pelo Figueirense e Corinthians, além de ter jogado no Metalist da Ucrânia. Luan era praticamente desconhecido, antes do Galo, jogou na Ponte Preta.

Mas, como bons operários, edificaram seus nomes nos clubes mineiros. O ápice da construção foi na noite de ontem. Dois jogadores dedicados, sem muita badalação em seus times e no cenário do futebol nacional se solidificaram como ídolos de duas das maiores torcidas do país. Por isso o futebol é apaixonante, não basta só ter talento, é preciso muita garra e disposição para passar do estágio de um simples desconhecido e chegar ao posto de herói de suas torcidas.

Somente os operários do futebol conseguem tais façanhas!

Luan vibra ao marcar o gol da classificação do Atlético Mineiro. Foto: Ramon Bitencourt/LANCE! Press 

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Jogadores que correm por fora na disputa da Bola de Ouro

Muller e seus companheiros alemães celebram a conquista da Copa do Mundo. Germânicos dominam a lista de melhor jogador de 2014. Foto: Martn Rose/Getty Images 

A Fifa divulgou nesta terça-feira (28/10) a lista de indicados ao prêmio Fifa Ballon d’Or de melhor jogador de 2014. São 23 atletas que concorrem ao título de grande destaque da entidade máxima do futebol, e em ano de Copa, os indicados desta vez são muito qualificados. 

Como de costume, Cristiano Ronaldo e Messi são os grandes favoritos. Qualquer pessoa, seja ela amante do futebol ou não, dirá que um dos dois será o ganhador do prêmio. Mas e os outros atletas? No mundial deste ano, vários jogadores tiveram destaque nas suas seleções. E isso é um grande diferencial na disputa da Bola de Ouro. 

Dos astros ganhadores da Copa indicados ao prêmio, figuram Mario Götze (autor do gol do titulo da Alemanha), Toni Kroos, Philipp Lahm, Thomas Müller, Manuel Neuer e Bastian Schweinsteiger. Não seria surpresa se um deles ficar entre os três indicados e ganhar a Bola de Ouro, já que Fabio Cannavaro ganhou a Copa do Mundo com a Itália em 2006, e naquele ano conquistou o prêmio de melhor jogador. 

Outro que arrebentou no mundial e está na lista é o colombiano James Rodrigues. Artilheiro da competição com seis gols, o meia do Real Madrid foi o astro do time sul-americano e tem boas credenciais para, quem sabe, ser o melhor jogador de 2014. 

Na vice-campeã Argentina, Di Maria é um dos grandes destaques da lista da Fifa. Sua regularidade nesta temporada, sobretudo jogando no Real Madrid, lhe deram o reconhecimento merecido de figurar entre os 23 indicados. Outro que jogou muito no mundial foi o holandês Arjen Robben, que sempre manteve um excelente desempenho no Bayern de Munique. 

Neymar, único brasileiro que concorre ao prêmio, participou da vexatória campanha do Brasil na Copa. E isso pode atrapalhar na disputa. Suas boas atuações no Barcelona não garantirão uma possível conquista de melhor do mundo. 

Desde 2008, Cristiano Ronaldo e Messi foram os grandes vencedores. Será que chegou a hora de outros jogadores quebrarem o “monopólio” do português e do argentino?

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Me dá uma chance, Dunga!

Gabigol em ação nas categorias de base da Seleção Brasileira. Foto: Rafael Ribeiro/CBF 

Nesta segunda-feira (20/10), o técnico Alexandre Gallo convocou os 23 jogadores que irão defender o Brasil no Torneio Internacional Sub-21 que será disputado na China entre os dias 8 e 18 de novembro.

Dos selecionáveis chamados, a jovem promessa Gabriel, atacante do Santos, é o grande destaque. Autor de dois gols no clássico contra o Palmeiras, disputado no último domingo (19/10), no Pacaembu, Gabigol tem agora 19 gols na temporada.

Números de um verdadeiro atacante e promessa para o futuro do futebol brasileiro e da Seleção. O técnico Dunga, “achou” Diego Tardelli no ataque do Brasil, mas ele poderia dar mais atenção ao desempenho do camisa 10 do Santos.

Mesmo com 18 anos de idade, Gabriel mostra capacidade de vestir a amarelinha. Claro que os próximos amistosos da Seleção Brasileira principal (contra a Turquia em 12/11 e Áustria em 18/11) irão coincidir com os jogos da equipe Sub-21 e é impossível uma convocação neste momento. Mas seria bom Dunga ficar de olho na jovem promessa santista e quem sabe dar oportunidades ao garoto no próximo ano.

Gabriel tem um grande potencial, e está demonstrando isso na equipe da baixada santista. Cedo ou tarde ele será convocado para atuar na Seleção principal. Mas não seria bom testá-lo agora para que ele sinta o clima da camisa pentacampeã do mundo e assim prepará-lo para o futuro?

E você leitor, acha que Gabigol já merece uma chance na Seleção Brasileira principal?

sábado, 18 de outubro de 2014

Corinthians, política e a linguagem do futebol

Documentário “Democracia em Preto e Branco” retrata um dos momentos mais importantes da equipe alvinegra e da historia do Brasil 

Mais do que um time de futebol, o Corinthians é um clube que consegue interagir e mexer com a sociedade. O documentário “Democracia em Preto e Branco”, que estreou neste sábado (18/10), nos cinemas de São Paulo, Brasília e Curitiba, narra um dos momentos mais importantes e simbólicos do time paulista: a Democracia Corintiana - termo criado pelo publicitário e corintiano Washington Olivetto.

Além de mostrar os principais fatos que simbolizaram este marco do futebol brasileiro, o documentário - do diretor Pedro Asbeg - propõe uma relação entre o esporte bretão, política e música como forma de protesto e de mudanças do regime político no inicio dos anos 1980.

Os jornalistas Juca Kfouri, José Trajano, Flavio Prado, Marcelo Tas; os músicos Edgar Scandurra, guitarrista do Ira!, Paulo Miklos, vocalista dos Titãs, Dado Villa-Lobos, ex-Legião Urbana; o apresentador Serginho Groisman e personalidades políticas como Fernando Henrique Cardoso e Lula, foram algumas das pessoas que deram depoimentos no documentário.

Jogadores do Corinthians com a camisa que pedia o voto nas eleições para Governador em 1982. 

Vários ex-jogadores do Corinthians também narraram os momentos da Democracia Corintiana, em especial Casagrande, Vladimir e Sócrates – o grande idealizador do movimento. Numa época em que o Brasil ainda vivia a opressão da Ditadura Militar, a palavra “democracia” soava de forma ofensiva e estranha.

Mas um grupo de jogadores politizados resolveu se idealizar e dar voz aos atletas oprimidos. O Corinthians passou por um momento de “autogestão” e todos, por meio do voto, poderiam decidir nas contratações de jogadores, eleições, concentração antes das partidas, liberdade de expressão, o uso de bebidas alcoólicas em publico –algo inimaginável hoje em dia – entre outras coisas.

Mais do que um movimento revolucionário, a Democracia Corintiana inseriu o futebol como forma de linguagem para a sociedade entender os assuntos relacionados à política e que este esporte não deve servir somente como ferramenta para alienar o cidadão. E o documentário resgata como diferentes esferas podem se encontrar e lutar por um país melhor.

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

As diferenças entre Corinthians e São Paulo

Mano Menezes tentar orientar a equipe do Corinthians na partida conta o Atlético no Mineirão. Foto: Ramon Bitencourt/Agencia Lance  

Antes da bola rolar na noite da última quarta-feira (15/10), Corinthians e São Paulo viviam momentos semelhantes nos confrontos que iriam decidir seu futuro, respectivamente, na Copa do Brasil e na Sul-Americana.

As equipes conseguiram vantagem nos primeiros jogos das competições; o Timão venceu o Atlético Mineiro no primeiro jogo da competição nacional por 2 a 0, no Itaquerão, e o Tricolor Paulista ganhou do Huachipato por 1 a 0 no Morumbi pelo torneio continental.

Mas no futebol a palavra vantagem não tem tanta relevância. E as situações semelhantes entre os dois times pararam quando a bola rolou. O São Paulo tinha uma missão um pouco mais complicada do que o time do Corinthians, que tinha, relativamente, uma vantagem melhor.

O Tricolor foi pra cima dos chilenos como se estivesse jogando no Morumbi. Com muita calma, o time de Muricy Ramalho ganhou a partida por 3 a 2. Tranquilidade refletida na atuação de Paulo Henrique Ganso. O gol do camisa 10, feito com frieza e técnica, no primeiro tempo após o empate do Huachipato, já dava indícios que o São Paulo não foi ao Chile com a intenção de se defender, e sim atacar.

Diferente do Corinthians que, mesmo com o gol de Paolo Guerrero, logo no inicio do jogo, se fechou e não teve coragem de atacar o Atlético. A equipe não soube aproveitar nem mesmo a vantagem da partida desta quarta, e ficou esperando o time mineiro tomar a iniciativa.

O Galo foi valente, e apoiado pela massa atleticana, passou por cima do Corinthians com muita coragem e ousadia, principalmente do treinador Levir Culpi e da comissão técnica, que apostou em Diego Tardelli, recém-chegado da Ásia, onde defendeu a Seleção Brasileira em amistosos.

Outra diferença marcante entre Corinthians e São Paulo são os técnicos. Mano Menezes não conseguiu dar um padrão de jogo ao time alvinegro, e suas ações tempestuosas dentro e fora de campo refletem nos jogadores nas partidas.

Já Muricy tem o time na mão. Mesmo com altos e baixos no Campeonato Brasileiro, o São Paulo possui uma equipe mais consistente e um treinador coerente, que entende os jogadores. Nesta partida contra o Huachipato, o Tricolor mostrou força e pode conquistar um titulo nesta temporada, diferente do Corinthians que, após a eliminação na Copa do Brasil e o momento que vive no Brasileirão, deverá amargar este ano sem títulos e sem a vaga para a Libertadores.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

As marcas de Neymar

Neymar celebra um de seus quatro gols em partida contra o Japão disputada em Cingapura. Foto:Edgar Su/Reuters

A partida disputada na China contra a Argentina no último sábado (11/10), vencida pela Seleção Brasileira com dois gols de Diego Tardelli, deixou marcas em Neymar.

Pontapés dos argentinos apagaram um pouco a atuação do camisa 10 da Seleção, e as cicatrizes ficaram em suas pernas. Situação corriqueira na carreira do jogador.

Diferente do último jogo, no amistoso disputado hoje (14/10) contra o Japão, em Cingapura, as marcas foram outras e que ficarão eternizadas na carreira de Neymar.

Com uma atuação espetacular, o atacante do Barcelona anotou quatro gols e comandou a Seleção Brasileira em vitória por 4 a 0. Desde 2000, nenhum jogador que vestiu a amarelinha tinha marcado quatro tentos em uma mesma partida.

O último foi Romário nos 6 a 0 contra a Venezuela, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Mas a grande marca alcançada por Neymar foi o quinto posto de maior artilheiro da Seleção, ultrapassando Bebeto, com 39 gols em 75 jogos.

O camisa 10 canarinho tem agora 40 gols em 56 jogos, média de 0,71 gols por partida. Com esses números, Neymar conseguiu uma média expressiva, ficando atrás de Pelé (o maior artilheiro da Seleção com 77 gols em 92 jogos, média de 0,83) e Romário (terceiro maior goleador com 55 gols em 70 jogos, média de 0,78).

Mesmo com a péssima atuação na última Copa do Mundo, o time de Dunga conseguiu resultados satisfatórios nos jogos que disputou até agora. E Neymar está cada vez mais se tornando o principal líder e destaque desta era pós-vexame no Mundial.

Que as marcas de Neymar não fiquem somente como cicatrizes em suas canelas, e que ele possa cada vez mais escalar os degraus de artilheiro da Seleção Brasileira.
 
Maiores artilheiros da Seleção

1º) Pelé (77 gols – 92 jogos) - média 0,83
2º) Ronaldo (62 gols – 98 jogos) - 0,63
3º) Romário (55 gols – 70 jogos) - 0,78
4º) Zico (48 gols – 72 jogos) - 0,66
5º) Neymar (40 gols – 56 jogos) - 0,71
6º) Bebeto (39 gols - 75 jogos) - 0,52
7º) Rivaldo (34 gols – 74 jogos) – 0,46
8º) Ronaldinho Gaúcho (33 gols – 93 jogos) - 0,35
9º) Jairzinho (33 gols – 81 jogos) - 0,40